Google Search passa a exibir se imagens são geradas por IA, editadas ou direto de câmeras
A ideia é que, eventualmente, os espectadores possam identificar quando um conteúdo foi capturado por uma câmera ou modificado por IA.
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O Google está prestes a lançar uma nova funcionalidade no Google Search que promete melhorar a credibilidade e transparência sobre a origem das imagens exibidas nos resultados de busca. Em breve, o Google irá rotular/etiquetar imagens indicando se foram geradas por Inteligência Artificial (IA), editadas por softwares de edição, como o Photoshop, ou capturadas diretamente por uma câmera. A informação virá como parte do recurso “Sobre esta imagem”, ajudando os usuários a identificar a autenticidade e o processo de criação de cada imagem.
Essa iniciativa foi confirmada por Laurie Richardson, vice-presidente de confiança e segurança do Google, em entrevista ao The Verge. A nova tecnologia visa oferecer maior clareza em um mundo digital cada vez mais dominado pela IA e pela manipulação de imagens.
Como funciona a nova rotulagem de imagens?
A nova rotulagem é uma evolução de um recurso que o Google já havia lançado em maio de 2023. Na época, o Google permitia que sites incluíssem metadados que indicavam se uma imagem havia sido gerada por IA, utilizando documentos de metadados, como o IPTC Digital Source Type. Agora, o Google vai integrar um padrão técnico mais robusto chamado C2PA (Coalition for Content Provenance and Authenticity), adotado por gigantes da tecnologia como Amazon, Microsoft, Adobe, OpenAI, e Intel.
O objetivo é permitir que, ao buscar imagens no Google, os usuários possam clicar em “Sobre esta imagem” e conferir um rótulo que identifique se a imagem foi criada por IA, editada com ferramentas de software ou capturada por uma câmera.
Impactos para anunciantes e criadores de conteúdo
Além de ser integrada aos resultados de busca, essa nova rotulagem também será aplicada a anúncios e ao YouTube. O Google tem incentivado anunciantes a utilizar IA para criar ou aprimorar imagens em suas campanhas publicitárias. Agora, com a adição dos metadados C2PA, os usuários poderão identificar se uma imagem usada em um anúncio foi criada ou manipulada por IA, trazendo mais confiança e transparência ao processo publicitário.
Em relação ao YouTube, o Google também planeja trazer essa tecnologia para os vídeos.
Nosso objetivo é expandir o uso dos sinais C2PA com o tempo e utilizá-los para reforçar políticas importantes
afirmou Richardso
A ideia é que, eventualmente, os espectadores possam identificar quando um conteúdo foi capturado por uma câmera ou modificado por IA.
Por que incluir a origem da imagem nos resultados de pesquisas é importante?
A crescente utilização de IA para criar conteúdo digital levanta questões sobre autenticidade e confiança. Saber se uma imagem foi capturada por uma câmera ou gerada artificialmente pode ser crucial em diversos contextos, desde a verificação de notícias até a avaliação de anúncios. O Google está à frente dessa discussão, oferecendo ferramentas que visam proteger os usuários da manipulação digital, ao mesmo tempo que promove o uso responsável de tecnologias de criação de conteúdo.
O futuro da autenticidade digital
Com a adoção do C2PA e a integração dessa tecnologia em seus principais produtos, o Google busca liderar a transparência no ecossistema digital, trazendo mais clareza sobre a origem e autenticidade das imagens que circulam pela internet. À medida que a IA continua a evoluir e a ser utilizada em diferentes aspectos da criação de conteúdo, ferramentas como essas serão essenciais para garantir que os usuários possam tomar decisões informadas sobre o que veem online.
Essa nova funcionalidade está prevista para ser lançada nos próximos meses. Para mais informações, você pode acompanhar as atualizações do Google aqui no Lab da Pink and Brain.
Somos ratos quando o assunto são as inovações no Google.